Conversa (de) Interna(r)

Thursday, August 31, 2006

Lobotomia-ah, eu quero uma pra viver...

Agora me vejo aflita, sendo obrigada a ler várias sessões de política de jornais diferentes pra tentar achar candidatos que sejam menos fedorentos. É foda.
Já achei meu Deputado Federal. Um cara do PSB que defende que cada político deve ter apenas dois mandatos. ENFIM ALGUÉM QUE EXPRIMIU EM PROPOSTA TODO O MEU ÓDIO!
Porque, francamente, eu NÃO AGUENTO MAIS ver estampadas na rua a cara desses MESMOS CARAS desde que eu me conheço por genteeeeee.
Reciclem, mudem, pelamordedeus! Os meeeeesmos idiotas, sempre, a mesma lenga-lenga, e esses slogans que falam de "mudança", "ainda melhor", "coragem"...

Vergonha na cara, que tal?
Ética... ai meu deus... "ética se faz" eu vi um slogan. Por favor!!!! D

Eu só tenho esse Deputado Federal até agora. Não falarei o nome aqui porque minha intenção não é - definitivamente - propaganda eleitoral. Não num blog, socorroooo! hehehe
Larguei de mão o Marcos Rolim - o candidato dos direitos humanos. Ele não foi eleito na última eleição, e não ouvi mais falar dele... acho que ele ficou muito intelectualzinho. Cara bom. Mas se é bom, fica longe de Brasília mesmo.

O PT em si... pow... eu lembro quando eu estava na quarta série primária de um colégio estadual aqui perto, fizeram uma votação de brincadeirinha pra presidente no colégio. Venceu o Brizola (nossa escola tinha sido contruída pelo Brizola! cof cof cof). E eu votei num COMUNISTA!!
YEAH! Acho lindos os ideias comunistas... 100% românticos, 100% idealistas... mas... agora, que eu tô dentro da Universidade Federal, que eu recebo bolsa dos órgãos do governo... eu acho que não dá pra dar asas pra irracionalidade. Mas sei lá, a impressão que eu tenho é a última coisa que faz diferença no país é em quem a gente vota. As pessoas são tão pouco contestatórias, tanto faz se nossos governantes sejam hoje comunistas, amanhã liberalistas e no futuro até neo-facistas! É TUDO A MESMA BOSTA!


Há exatos 14 meses atrás, a seguinte notícia era lida na Internet:

*A reforma ministerial patina, a coordenação política segue enfraquecida e, com a exceção do ex-ministro José Dirceu, todos os suspeitos continuam nos seus postos. Isso só pode indicar que o presidente da República ainda não está convencido da gravidade dos problemas que o cercam. Continua permitindo que a crise se agrave, sem buscar maior proteção.*


E eu escrevi no meu fotolog, narrando a foto acima ilustrada:

E eu quero arrancar esse adesivo do meu case. Estraguei meu case. Me iludi. Sou brasileira, sempre me fodo.

Que vergonha de nós brasileiros. Só besteirol!
Os outros riem das nossas mesquinharias. Intrigas. Perda de tempo com tosquices. Enquanto o país retrocede, seus próprios irmãos morrem de fome. Isso é tudo reflexo de nossa ignorancia, essa gente que deveria estar ocupando seu tempo com algo mais útil, poderia estar trabalhando, estudando, pesquisando, e não disperdiçando nosso tempo e dinheiro discutindo futilidades. Ah, fuck off! Difícil é tolerar tanta banalidade. *Chutemos o pau do balde*!!


A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

NP: Cazuza. He knew what he was saying...

Feels just like it should
Jamiroquai

I'm coming down to see ya,
I'm looking for fast and cheap,
I'm looking for the back of the streets,
(Yeah-ow)
I'm gonna get experience,
I came to see the candy man,
To turn it up and drown,

Feels just like it should,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
(I'm gonna get experience)
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
Turn it up and drown,

I'm going on a laser beam,
to shoot some Cherries down,
I pick a little free agent,
I got myself a five mile smile,
so baby for the first time,
I need a little sugar 'n' spice,
(Yeah-ow)
I wanna see the city lights,
I'm gonna find a number,

Feels just like it should,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
I'm looking for fast and cheap,

Feels just like it should,
I'm looking for the back of the streets,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
I'm gonna get experience,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
I'm here to see the candy man,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,

Sugar-spice, I'm on the phone,
I'm outside,
In a mean little street from the back town,
I want you,
I'm gonna lick you up and down,
Feels good,
She said it would feel that good,
and it does,

(Yeah-ow)
(Yeah-ow)
and it feels, it feels, it feels,
and it feels, it feels, it feels,
and it feels, it feels, it feels,
just like you,
just like you said it would,
(Yeah-ow)

Feels just like it should,
(Yeah-ow)
Feels just like it should,
I'm coming down tonight to taste y'all,
Sugar-spice, I want you, a sexy girl,
slips in, it feels good,
(I love it when you tell me)
Feels just like it should

Tuesday, August 29, 2006

Starlight
Electric Light Orchestra

Starlight, I hear you callin' out to me.
Sweet love rollin' across my mind again.
I want you, yes, I do, I need you, yes, I do.
And then you run...

Starlight, your eyes are lookin' out so far away.
Constellation in the sky is smiling down on me, I wonder, wonder why.
I can feel you're so real, I can see you're so near
and the you run...

You gotta stop foolin' around,
keep your feet on the ground, little girl,
and starlight will shine all around, little girl.
You had me all the summer long, little girl.

Starlight, your eyes are lookin' down on me so far away. ..

Porque só a arte pode nos salvar dessa selvageria toda...

E o meu tema da aula de alemão vai enfeitar o blog nessa terça-feira. =P
É sobre a presença de tropas do exército alemão na fronteira do Líbano com Israel.
Foi muito difícil de eu escrever sobre isso, pois acredito que aqui no Brasil a gente não liga muito para a história - a gente é ensinado a desvalorizar a história (talvez como um mecanismo de defesa... a gente precisa dormir de noite, caramba!)
Acredito que, se um dia formos nos culpar por todas essas crianças que morrem de fome no país, cometeremos suicídio coletivo. Ok, não somos diretamente culpados, mas representativamente "votamos" nesses muitos governantes que estão aí fazendo essas cagadas todas. Assim como nem todos os alemães mataram judeus diretamente... mas quem apoiou o Hitler de algum modo matou. Nem vem, MATOU! Guenter Grass e o Papa estão nessa jogada. Não vamos limpar a carinha de ninguém. Matou tá *matado*!
E quem nos garante que não estamos sendo nesse momento também fantochezinhos mal avisados como o povo alemão foi?

Se o ano de 1999 (pior ano da minha vida) serviu pra alguma coisa, foi para eu assistir a uma aula de um profe de geografia chamado Ralph (aliás, quem me ensinou a cumprimentar as pessoas dizendo ROLL!!! huahauaha). Ele disse uma coisa que eu fiquei assim "bah...." (imaginem uma cara de gaúcha abismada dizendo "bah..."): No Brasil não temos guerra o cara*ho! Vivemos em constante guerra civil. País onde se morre de fome vive em guerra civil. BAH....

E, o que logo me dou conta, e é mais idiota ainda: fomos todos recrutados sem ser avisados.


uuuuuuh, eu tô que tô.
Mach keine Sorgen...



Sollen Deutsche Soldaten an Israels Grenze?

Ich bin dagegen, denn es stellt sich sofort die Frage, hat dieses Konflikt nichts mit historischen Einflussen zu tun? Besteht nicht dieser Konflikt auch wegen der historischen Probleme? Doch, natürlich! So, denke ich, die Deutsche Soldaten sind "emotional aufgeladen" von seiner eigenen Geschichte (wie Peter Philipp aus Deutschwelle gesagt hat - http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2121910,00.html ). Es könnte vielleicht auch einen größer Konflikt machen. Obgleich weiß ich, dass die deutsche Soldaten sowieso nach Israel geschickt werden, denke ich, dass es nicht geschehen sollte...
Schließlich, ist es mir nicht leicht, diese Frage zu antworten, weil ich sehr weit von diesen Sachen bin, und auch weil ich ein Bürger eines sehr jungen Landes bin. Hier interessieren die Leute wahrscheinlich nicht für seine eigene Geschichte. Die Brasilianer sind leider alle unterrichtet, nicht um ihre Geschichte zu sorgen (andernfalls würden wir vielleicht nicht schlafen...).
Por: Eu mesma. Para a aula de alemão.


NP: Fleetwood Mac: Tell me lies, tell me sweet little lies...
(porque a verdade dói, né?)

Thursday, August 24, 2006

Pica-pau na minha janela

Hoje eu estava aqui bem feliz (?? "bem feliz" um carajo... mas foi só pra dar um ritmo à narração!) trabalhando na minha mesinha quando ouvi um canto diferente... que bicho é esse? Tirei fotos. Meu irmão depois veio e nomeou: Um pica-pau!!
Está em extinção esse bicho no Rio Grande do Sul. Porque derrubam as matas e ele nao tem onde ter ninho. Tadinho.

Mas legal, huh? Achei uma grata surpresa. E tudo mais que me aconteceu hoje, veio pra limpar qualquer problema que me atrapalhasse.
Passou, passou.
=)


Hoje eu tb ouvi Eric Clapton fazendo seu reggaezinho em I Shot the Sheriff e fiquei beeeeeeeem...
Zeeeeeeeeeen...
hhihihi

Tudo tem um fim. That's all I can say.
Nem quero comentar mais nada.

Só quero saber pra quem que eu vou dizer...
"... and after all the lovers of my life you'll still be the one"
Jim Webb

;) hehehe

Tuesday, August 22, 2006

Indignada
TPM... sai de pertooooo


Ainda lembro o que passou
Eu você em qualquer lugar
Dizendo "aonde você for eu vou"

E quando eu perguntei
Ouvi você dizer
Que eu era tudo o que você sempre quis
Mesmo triste eu estava feliz
E acabei acreditando em ilusões

Eu nem pensava em ter
que esquecer você
Agora vem você dizer
"amor, eu errei com você
e só assim pude entender,
que o grande mal que eu fiz
foi a mim mesmo"

Vem você dizer
"amor, eu não pude evitar"
E eu te dizendo
"Liga o som
e apaga a luz".



Quem nunca passou por essa lombada sem frear?????? QUEM? QUEEEEEEMMMMM????

Até a Marisa Monte 'inda lembra.... "Amor eu errei com você"... vem... "o grande mal que fiz foi a mim mesmo..." my ass!

Thursday, August 17, 2006

When Passion rules the game
I ain't got no control

Ok. Sabem-se os motivos pelos quais estou ouvindo isso, certo?
Se não se sabem, não vem tb ao caso. Quer dizer, vem. Mas whatever. Não tô afim de colocar em blog. Para bom entendedor, mensagens subliminares devem bastar.

Queria falar sobre essa frase do refrão, "when passion rules the game, I ain't got no control".
Discordo, Herr Schenker. Ja ja, tut mir Leid, eu discordo.
Não é bem um discooooooordo. Porque os sentimentos dos alemãezinhos ali são puros e bem expressos. Mas, no mundo de gente medíocre, as coisas não acontecem bem assim. As pessoas não permitem deixar a paixão guiar seu mundo, não querem perder o controle... e, assim, o controle às vezes nos faz dispensar a paixão, como se ela fosse um acessório de luxo altamente desnecessário na vida. (Paixão é acessório de luxo, sim, porém, vital. Qualquer centavo que temos deve ser aplicado no consórcio da paixão, caso não sejamos privilegiados pra tê-la à vista, pow!)

E eu quaaaaaase caí nessa de novo: na doidice de querer esperar nascer ou de querer criar uma paixão, como se ela não fosse pré-requisito básico indispensável pra se começar qualquer relacionamento. Ora, eu, achando que poderia desenvolver uma paixão! Certo que estava me achando o Criador em pessoa, huh? (Amanda, sua arrogante ignorante!!!) Paixão, de fato, cai do céu, feito dádiva, feito chuva - e tem gente que parece que mora na Amazônia; enquanto outros, no Atacama.

Mesmo que more no Atacama, eu não perco a fé. Aposto nas nuvens que passam, por mais altas e branquinhas que sejam... às vezes, sou cega, quero acreditaaaaaar que vai chover... mas Ok, se a nuvem passa, se vai ao longe, eu não posso também querer ficar bancando Deus e acreditando que vou mudar o destino das nuvens! Se ela nasceu pra ser cúmulos, deixa ela ser cúmulos em paz... que vá adornar o céu e refletir o sol bem feliz! Preciso, sim, esperar a minha nimbus. Aquela que vai ficar em cima de mim pra tomar banho de chuva, banho de chuva, banho de chuva-ah... (ugh! Musiquinha medonha que toca em tudo quanto é lugar.... como que a gente não vai lembrar dessa coisa? hehehehe)

Enfim. 25 aninhos. To querendo ficar espertinhaaaa. E espertinha significa reconhecer minha irracionalidade. Querer perder o controle sobre a vida. Aceitar os imprevistos, a dor, a dificuldade, o inevitável, o inesperado, a paixão que chuta a cabeça e bota tuuuudo a perder.
Na verdade, se não me rendesse a isso, iria continuar igual sendo vítima de tudo isso. Mas ainda iria perder o lado bom da paixão. Porque eu duvido que alguém nunca se apaixone. O que acontece é que as pessoas negam. Negam muuuuuuuito. E se machucam pra burro. Sofrem. Muito menos do que se se entregassem, é verdade, Mas também não vivem grandes emoções mesmo. Mas ok. Cada um com sua escolha - ou vocação divina.

Porque eu muito quis dizer que controlava tudo, e acabei apenas controlando o tempo. Segurei mais. Me sufoquei mais. Não tô falando do meu último relacionamento em específico. Estou falando do meu jeito de querer-ser. Negar o que sou pra ser quem eu achava que seria bom ser. pffff. Que eu já fui muito mais fiel a mim mesma quando tinha meus amores platônicos e "planctônicos" no colégio do que nua ao lado de alguém do sexo oposto.


Dont you need some love tonight
I do, yes I do
Dont you need some love tonight
How can we stand the heat
When love is all we need

When passion rules the game
I aint got no control, when my heart's in flames

E eu ainda vou fazer uma tese de doutorado sobre isso.

Drive
Scorpions

Who's gonna tell you when, it's too late
Who's gonna tell you things, aren't so great
You can't go on, thinking nothing's wrong
Who's gonna drive you home tonight
Who's gonna pick you up, when you fall
Who's gonna hang it up, when you call
Who's gonna pay attention, to your dreams
Who's gonna plug your ears, when you scream
You can't go on, thinking nothing's wrong
Who's gonna drive you home tonight
Who's gonna hold you down, when you escape
Who's gonna come around, when you break
You can't go on, thinking nothing's wrong
Who's gonna drive you home tonight
You can't go on, thinking nothing's wrong
Who's gonna drive you home tonight
Who's gonna drive you home tonight




ai ai












pois é né....











Tuesday, August 15, 2006




Whitesnake mega-piega-brega agregando valor à minha manhã de trabalhitchos.
Quem nunca gritou esse refrão por puro impulso tá muito reprimidinho, hein?
Vai falar com a psicólatra, vai! :)


Fool for your Loving
Whitesnake

I was born under a bad sign,
Left out in the cold
Im a lonely man who knows
Just what it means to lose control

But, I took all the heartache
And turned it to shame,
Now Im moving, moving on,
And I aint taking the blame

Dont come running to me,
I know Ive done all I can
A hard loving woman like you
Just makes a hard loving man

So I can say it to you, babe
Ill be a fool for your loving no more,
A fool for your loving no more
Im so tired of trying, I always end up crying,
Fool for your loving no more
Ill be a fool for your loving no more

Im tired of hiding my feelings,
You left me lonely too long
I gave my heart, and you tore it apart,
Oh, baby, you done me wrong

Dont come running to me,
I know Ive done all I can
A hard loving woman like you
Just makes a hard loving man

So I can say it to you, babe
Ill be a fool for your loving no more,
A fool for your loving no more
Im so tired of trying, I always end up crying,
Fool for your loving no more Ill be a fool for your loving no more

Ill be a fool for your loving no more, no more, no more!

Sunday, August 13, 2006

Quem madruga comigo pra ver essa?


Texto retirado daqueles emails de PowerPoint. hehe:

"Durante este mês e o próximo, a Terra ficará alinhada com Marte, proporcionando um encontro que culminará na maior proximidade entre os dois planetas jamais registrada.
Devido ao modo como a gravidade de Júpiter atua sobre Marte e interfere na sua órbita, os astrônomos podem apenas assegurar que Marte nunca esteve tão próximo da Terra nos últimos 5.000 anos. Mas pode demorar 60.000 anos até que este fenômeno se repita.
O encontro ocorrerá em 27 de Agosto quando Marte estiver a 55.761.584 km da Terra. Será, depois da Lua, o objeto mais brilhante no céu noturno.
Atingirá uma magnitude de –2,9 e aparecerá com a largura de um arco de 25,11 segundos. Isto tudo com um modesto poder de ampliação de 75 x.

Nos primeiros dias de Agosto, aparecerá a Leste, às 10 da noite, atingindo o seu ponto mais alto por volta das 3 horas da madrugada."

Fazer guerra no amor
“Sê forte, corajoso, não fraquejes,
Na luta; sê em Vênus sempre Marte”.
Minha mãe veio ler pra mim o meu horóscopo hoje. Eu e os meus dois signos - supro minha ignorância com o esforço de ler dobrado. Ambos estavam bons... diziam que meu lado de relacionamentos está tudo de bom... Mas eu não consigo entender isso. Tá tudo uma droga, mãe! Sofro. Mas acredito. *Ad astra per aspera*. Aos astros pelas asperezas, já dizia a frase que eu decorei nas aulas de latim do colégio. Passar bem.

“Incompreendida! Que quererá isto dizer? Quase nada... quem não compreende sou eu; eu é que não compreendo os outros, os seus prazeres, os seus gostos, as suas fontes de água clara onde se lavam e onde se contemplam.”.
Florbela Espanca.

Ou, vamos apelar aos filósofos do Helloween:

Why do we hurt?
Why do we hurt the ones we love?

Pink Floyd + The great gig in the sky
(Viajei boniiiiito nessa! A culpa toda é da música!!)

Vim aqui só pra dizer que essa música me arrepia e me transporta para um outro mundo.
(Mas já vou falar mais além disso, hehe, tudo a ver com o que isso me inspira. :D)

Não é para um mundo do futuro que eu vou. É no passado. O que eu não vivi. Mas queria ter vivido... (muito...)

Não é apenas a voz da Clare Torry. É 1973.
Meus pais estavam se casando nesse ano. Loucos de atar, viver os anos 70 casados... ai que dor... bem que eu poderia ter nascido pra vingar o que eles perderam. Seria uma boa meta de vida. hehehe :P
Ou talvez seja apenas impulso de filha caçula, vontade de sair e quebrar tudo por aí...

Essa música tem, além dos berros arrepiantes da Clare, umas conversinhas de fundo.. tem que ouvir com carinho, aos 38 segundos, um cara fala:

And I am not frightened of dying. Any time will do; I don't mind. Why should I be frightened of dying? There's no reason for it — you've gotta go sometime.


E aos 3'33", uma mulher fala, bem disfarçacinho:

I never said I was frightened of dying.


Às vezes, se entende, erroneamente "if you hear this whisper, you are dying."


Tenho bem claro pra mim que, desde que nascemos, estamos morrendo. Ainda mais agora, que a gente começa a ver rugas na pele, percebemos mais claramente que nem tudo que muda no corpo é temporário como era na adolescência... as marcas vão ficando profundas e tudo é mais marcante e complicado de esquecer. Somos menos plásticos, hehe.
E do que eu tenho medo, na verdade, é de viver em vão. Viver no novo milênio é um desafio. É muito fácil viver à toa nesses dias. Deixar os dias passarem... estamos cada vez menos contestatórios. .
Não sei por quê, pra mim, quem viveu os anos 70 viveu mais intensamente. Na minha fantasia, essa música do Pink Floyd andava no ar, viva, e as mesmas partículas de matéria que a compuseram podem ter composto as pessoas dessa época. Sei que soa estranho, mas eu realmente acredito que a matéria daquela época tinha mais significados e sintonia com a vida que a matéria hoje em dia. Restam-nos agora as réplicas. Tocar e ser tocado por esse som numa forma digital e tentar ver se se assimila alguma sabedoria daquele tempo, ainda que de um modo tão binário e pasteurizado...

Felizmente, pessoas não pararam de pensar. E, com a tecnologia, cada vez mais as réplicas nos preenchem.
O movimento da evolução agora, pra mim, deve ir em direção ao aprimoramento do cérebro, no sentido de conseguir transformar toda essa réplica no que foi original um dia. Se não podem existir mais no mundo lá fora, que exista dentro de nós, como o tal do chamado espírito.

Nunca desfaço de alguém com espírito sorridente. Espírito observador. Espírito rock'n'roll. Respeito quem guarda uma coisa velhinha sempre.
Um professor me contou que uma vez veio uma arquiteta na casa dele e quis abolir gavetas e armários o máximo possível. Porque isso só serviria pra guardar tralhas, segundo ela.
Pois eu já chamaria um marceneiro com espírito dos anos 70, e mandaria a arquiteta discutir o design de uma empresa bem clean bem longe de mim.

Outra história que ilustra esse espírito anos 70 é a de uma equipe da prefeitura que foi fazer um pátio de uma creche municipal. Wow. Tudo lindo, brinquedos e playground. Ótimos, qualquer pai que visse aquela creche poria seu filho pra frequentá-la na hora. Mas era tudo ótimo para um adulto brincar. Aí uma linda alma resolveu perguntar às crianças como seria o pátio ideal. E elas descreveram um mundo totalmente diferente. Não adianta aquele monte de trecos espalhados pelo pátio, com aproveitamento inteligente dos espaços, cores segundo Feng Shui e o diabo... as crianças estavam brincando lá num cantinho, fizeram seu montinho e continuaram imaginando coisas que o pátio não ia suprir jamais.

Com isso, queria dizer que nossa inteligência toda não basta para alimentar bons espíritos. Precisamos fazer um outro movimento, para poder sentir de verdade uma Great Gig in the Sky...

Talvez passe uma música feito essa na nossa trilha sonora no momento em que morreremos. Eu queria que fosse assim.
E tenho certeza de que, pelo sucesso que felizmente Pink Floyd fez, certamente estava tocando The Great Gig in the Sky em algum lugar do mundo quando fui concebida, quando nasci... ah, sempre tá tocando The Great Gig in the Sky em todos os momentos importantes da vida! Eu acho louco e lindo pensar assim! :)



Saturday, August 12, 2006

Blog: a memória dos sem-memória.
Ah,meu inconsciente, seu sacaninha...

Li ontem (acho que foi ontem... beeeeela memória!!!), no Jornal Zero Hora, opinião de adolescentes a respeito de ter blogs.
De um modo geral, deram sua opinião adolescentes estudantes de Engenharia Química, Elétrica e Pedagogia. Acho que foram ali no Campus Central da UFRGS e pegaram um intervalo no bar da FACED, porque estava muito mixadinha a amostra. Só me agradou a resposta do guri da Elétrica, porque parecia sincero, sensato. Ele disse algo do tipo "ah, eu já tive um, quando morava no exterior e queria mandar notícias pra família. Hoje, não tenho mais tempo pra manter um". Ok. O resto todo disse que quem ter um blog é muita exposição. Aquele papo de adol: "ah, eu acho uó ter um blog.". Seria o mesmo que dizer "Ai, acho legal". Ponto. Beleeeeeza. Pra que justificar uma opinião, quando as pessoas vivem na idade que se acham donos da razão? ("A Idade da Razão" do Sartre seria best-seller se tratasse disso... hauahua).

Pois é, dar uma opinião babaquinha feito essas que eles deram no jornal mais vendido do Rio Grande do Sul não é se expor demais. Nããããããão. *Bem capaz!* (em belo gauchês irônico).

Pior do que a contradição lógica é tentar entender a fundamentação de suas respostas: afinal, que mal tem de expor o que se pensa?

Ok, uma resposta aos meus queridos adolescentes. Um dia, a memória falha. E quem fala isso é uma velha sentada e corcunda de 25 anos. Wow! huahauahaua
Nah, sério: a memória não apenas falha para a terceira idade, também falha para as pessoas que têm um inconsciente made in Taiwan comprado em outlet do Paraguai na rebarba do final de ano. Muito pior do que um buraco negro, certos inconscientes tem a mania de *sugar* impressões e alterar o tempo. Pois é, pois é, pois é.

Para tanto, eis que um blog registra pra ti mesmo aquilo que tu pensa que só pensou na semana passada. Você não descobriu semana passada que Tostines vende mais porque é fresquinho. E nem que a Nestlé comprou a Tostines. Tá lá, no ano passado, vc já havia comentado a mesma coisa. Caramba. Parece que foi ontem, né? Mas não foi! E o tempo passa rindo da sua cara.


Mas chega de exemplos hipotéticos, vamos para a ilustração elucidativa desse grande achado. Um exemplo com base empírica, o qual na verdade fundamenta todo o meu movimento para a criação do post de hoje:

Eis que eu hoje peguei essa linda wheel-não-sei-o-quê, desse mini-mouse Genius Rainbow que eu pus no iBook e dei um scroll down beeeeem emocionado, como se fosse as tiazinhas lá girando o Peão do Baú da Felicidade, em busca da casa própria e...

...aparece o seguinte post (do além!):


Nenhum Lugar do Sul, 4 de JUNHO de 2006.

I dont have time for monkeybusiness.

Ninguém tem obrigação de entender o quanto algumas coisas são importantes pra mim.
Muito menos de assumir algum interesse por elas.

Só que às vezes eu queria entregar pra alguém nem que fosse um GPS de sentimentos. Que mapeasse e bipasse quando fosse necessário. Tipo agora, assim...


Living on my own
Freddy Mercury

Sometimes I feel I'm gonna break down and cry (so lonely)
nowhere to go nothing to do with my time
I get lonely so lonely living on my own

Sometimes I feel I'm always walking too fast
and everything is coming down on me donwn on me
I go crazy oh so crazy living on my own
Um da Am às 6:41 PM | 0 Open mind(s)




QUATRO DE JUNHO DE 2006.

Pra tu aprender a não ser mais trouxa, Amanda, you dumbass you!


NP: Interpol - Stella was a diver and she was always down.

Thursday, August 10, 2006

C L O S E R
If you believe in love at first sight, you never stop looking.

Ai, que slogan mais desgraçado... é bom, é bom. Bom demais até pro meu gosto.
Uhu uhu... odeio o tempo, sabe?

Aliás... odeio várias coisas. Não se preocupem, não vou enumerá-las aqui.
Quarta passada já estourei o encordoamento da minha raquete. Amanhã vou ter que jogar com a do professor. E sou capaz de estourar o encordoamento da dele tb. Medo de ir jogar.
Medo de várias coisas... ai que meda! Ai que meda! Já diria o Didi Mocó.

Ufff.


Esse texto do Calligaris eu li num avião de São Paulo para Frankfurt (podre de chique huh? E, na real, grandes bostas que eu sou!!) ... saiu na Folha de São Paulo dia 3 de fevereiro de 2005. Por causa da viagem eu lembro do dia e tals. O Calligaris é um psicanalista inteligente e sensato - coisa rara em sua categoria. ehhe



Closer: por que somos infelizes em amor?
Por Contardo Calligaris

Concordo com Caetano Veloso, "de perto ninguém é normal". Mas "Closer - Perto Demais", de Mike Nichols, me deixou pensando diferente: de perto, somos normais demais.
O filme é uma demonstração tocante de nossas impotências e incompetências sentimentais. Se você quer saber por que, em regra, somos infelizes em amor, não perca.
Para não estragar o prazer de quem não viu o filme, nada de resumo, apenas as reflexões fragmentárias com as quais passei a noite, depois de ter assistido a "Closer - Perto Demais".


1) Por que, no meio de uma história amorosa que funciona, um encontro (que sempre parece mágico) pode levar alguém a trocar a intimidade de um casal companheiro por uma visão?

Os evolucionistas dizem que os homens são infiéis por necessidade biológica.
Para que a espécie continue, os machos seriam programados com o desejo de fecundar todas as fêmeas possíveis. A teoria tem uma falha: as mulheres são tão infiéis quanto os homens (embora os homens se recusem a acreditar nessa banalidade).

O senso comum tem outra explicação: a paixão iria se apagando com a repetição, os humanos gostariam de novidade. Pequeno problema: a idéia de que a novidade seja um valor é especificamente moderna; no entanto a inconstância em amor é um hábito antigo. Outro problema ainda maior: na condução de nossas vidas, somos obstinadamente repetitivos. Insistimos nas mesmas fantasias e nos mesmos sintomas. Contrariamente ao que diz o provérbio, errar é divino, perseverar é humano. Por que seria diferente em matéria amorosa?

Como pode ser que um encontro, em que mal se sabe quem é o outro ou a outra, contenha uma promessa que basta para levar alguém a dar um chute num amor que dura?
Tento responder: apaixonar-se é idealizar o outro, durar no amor é lidar com a realidade do amado ou da amada. Antes de ponderar os charmes da idealização, duas observações:

Um impasse: para manter a paixão, devo continuar idealizando o parceiro.
Mas, para idealizar o outro, devo mantê-lo a distância. Se mantenho o outro a distância, renuncio aos prazeres de amor, companheirismo, cumplicidade, convivência.

Um paradoxo: se me separo porque me apaixono por outra ou outro, o parceiro que deixei se distancia de mim, portanto volto a idealizá-lo e a me apaixonar por ele.


2) Por que gostaríamos tanto de idealizar o outro que vislumbramos num novo encontro?

Uma nova paixão amorosa é provavelmente o sentimento que mais pode nos transformar, para o bem ou para o mal. Por exemplo, se o outro me idealiza, carrego seu ideal como um casaco novo: modifico minha postura para que o pano caia bem no meu corpo. De uma certa forma, tento me parecer com o ideal que o outro ama em mim.
Cada amor, quando começa, é uma aventura. Não porque encontro um novo parceiro, mas porque, ao me apaixonar, descubro ou invento um novo ideal e, ao ser amado, mudo para me aproximar do que o outro imagina que eu seja.
A inconstância amorosa talvez seja a expressão imediata do desejo de mudar -não de trocar de parceiro, mas de se reinventar.
Não é estranho que, na hora em que um amor começa, alguém decida se dar um novo nome. Nenhuma mentira nisso, apenas a convicção e a esperança de que a paixão nos transforme.
Infelizmente, mudar é difícil: a sedução exercida pelos novos amores é uma veleidade, um pouco como as resoluções de que as coisas serão diferentes no ano que começa.


3) Dizem que um casal que se ama briga muito.

O uso erótico das brigas é conhecido: a paz se faz na cama. Menos conhecido é o uso amoroso das brigas: chegar ao limite da ruptura pode ser um jeito de recomeçar, de voltar ao momento inicial da paixão, quando ambos esperavam que o amor os transformasse.
Problema: ninguém sabe qual é o ponto de equilíbrio além do qual as brigas não garantem renovação nenhuma, apenas desgastam um amor que se perde.


4) Alguém se apaixona por outra pessoa porque, ele se queixa, sua parceira precisa dele.

É aquela coisa: seu amor me exige demais, você me sufoca, me prende. Isso, é claro, é um jeito de dizer: com você sou sempre o mesmo. Também é uma projeção: separo-me porque não agüento minha própria dependência de você. Visto que me detesto por estar a fim de lhe pedir amor a cada minuto, acho intolerável que você me peça. Quem pensa e age assim, em
geral, fica sozinho no fim.


5) Um homem volta para o lar depois de ter estado nos braços de outra.

Sua mulher pergunta: você me ama ainda? Ela tem razão, é a única pergunta que importa.

Uma mulher volta para o lar depois de ter estado nos braços de outro.

Seu homem pergunta: você esteve com ele? Insiste: quero a verdade. Pede os detalhes: gostou? Gozou? Onde aconteceu, em que posição, quantas vezes?
O ciúme feminino é uma exigência amorosa. O ciúme do homem é uma competição com o outro, um duelo de espadas, uma esgrima homossexual que tem pouco a ver com o amor pela amada e muito a ver com as excitantes lutinhas masculinas da infância.


Enfim, quem sabe o filme nos ajude a inventar jeitos de amar menos desafortunados e mais interessantes.





Eu (Amanda) já diria que, jeitos de amar menos desafortunados e mais interessantes seriam aqueles que quebram as repetições. Mas, pra isso, há que se ter parceiros criativos e com muita energia, pra se reinventar todo o dia. Parceiros pacientes e inteligentes, para pensarem e discutirem coisas. Parceiros que enfim, se amem de verdade, pra poder ter forças pra tudo isso. Que não é fácil, não..... :(

Tuesday, August 08, 2006


Eis aqui na foto a dona lua, ontem.

Quem diria... eu diria!

Wow.... it really snowed last night...

Ok. Ainda tô meio zonza. Sou lenta. Ufff.

O que eu sinto agora lembra ressaca. Mas todas as substâncias foram produzidas no meu próprio cérebro...


Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive,
(Ricardo Reis)

Aqui, em tese, uma outra foto da lua ontem... mas eu fui deixar a lente mais tempo aberta e... ficou um coração todo torto. Eeeeeita, olha eu errando de novo e passando pela lombada sem frear???
It could be sweet
Portishead

I don't want to hurt you,
No reason have I but fear,
And I ain't guilty of crimes accused me of,
But I'm guilty of fear.

I'm sorry to remind,
You but I'm scared of what we're creating,
This life ain't fair.

You don't get something for nothing,
Turn now,
Hmm gotta try a little harder,

It could be sweet,
Like a long forgotten dream,

And we don't need them,
To cast the fate we have,
Love don't always shine through,
‘Cause I don't wanna lose,
What we had last time your leaving,
This life ain't fair

You don't get something for nothing,
Turn now,
Hmm gotta try a little harder,
It could be sweet.

But the thoughts we try to deny,
Take a toll upon our lives.
We struggle on in depths of pride,
Tangled up in single minds,

‘Cause I don't wanna lose,
What we had last time your leaving,
This life ain't fair.

You don't get something for nothing,
Turn back,
Hmm, gotta try a little harder.

Oh, ‘cause I don't wanna lose,
What we had last time your leaving,
This life ain't fair.

Oh, no, you don't get something for nothing,
Turn back,
Hmm gotta try a little harder,
It could be sweet.


Quero amar com distorção.

Quero amar com distorção.
Feito Heavy Metal.
Tudo escuro e de repente a guitarra corta o silêncio: lá vem um homem...
Não qualquer um. Aquele. Que não é conveniente, com quem não estou acostumada. Um homem que emita sinais que eu nunca vi, que eu precise estudar muito, feito aprender alemão. Repetir, decorar, ensaiar... e que, por trás de tanta coisa difícil, tudo soe simples e belo.
Um homem que eu não apague. Não quero ter medo de deixá-lo solar. E quero inteiro: música, dança e arrepio.
Pra poder ouvir no escuro. Cheirar a pele insistentemente para tentar modificar estruturalmente o meu cérebro. Viciar e depender. Ter crise de abstinência.
Quero amar em modo analógico. Que seja em qualidade de fita k7, que enrole e tudo mais. Mas que não perca a amibiência... que não fique nada claro, que o inominável seja sempre sentido.

E que não termine feito música comercial, que vai baixando o volume. Pode ter cadência. Contraponto. Pizzicatto. Allegro non troppo. Pode acabar abruptamente. Mas que seja tudo marcado. Com direito a trecho experimental, selo independente e brinde no camarim cheio de frutas...

*Perca a vida, mas não a chance do homem que procura.*

Não o torture com a promessa de que pode dar certo. Não dá certo o que não pode dar errado.
(Fabrício Carpinejar)