Conversa (de) Interna(r)

Friday, November 10, 2006

And I am not frightened of dying. Any time will do; I don't mind. Why should I be frightened of dying? There's no reason for it — you've gotta go sometime.






Tudo vai ter um fim.
Estranho que a gente vive como se não houvesse esse fim.
A gente luta contra o fim até o fim.

Mas tem um fim.


Não adianta, não vai entrar na minha cabeça isso.

=(

Não viverei em vão, se puder

Salvar de partir-se um coração,

Se eu puder aliviar uma vida

Sofrida, ou abrandar uma dor,

Ou ajudar exangue um passarinho

A subir de novo ao ninho -

Não viverei em vão.

Emily Dickinson, (1830-1886)

Thursday, November 09, 2006

Essa magina co-lo-ri-da
coisas da vidaaaaaaaaa


=)

Hoje é aniver do meu pai.

Em breve aqui, uma homem-nagem.

Ou não. hehehehe


abç!

Tuesday, November 07, 2006

Redemoinho leva a gente pra algum lugar?

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
você tem meia hora
pra mudar a minha vida
Vem
vambora
que o que você demora
é o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Por que meu coração dispara
Quando vem o seu cheiro
dentro de um livro
dentro da noite veloz?
Adriana Calcanhoto - Vambora


Boa noite.
Retorno à clausura sem nome. Anôn-ima.
Que de ímã não tem nada, não atrai nada, graças a Deus.
Complicado é ouvir os outros. Para poder ouvir os outros, preciso me organizar.
Puxo uma cadeira pra cada voz interna, faço um chimarrão. É por aqui que me instalo.

Há um mês, acho, fiquei sabendo que vou estudar na Alemanha. Janeiro e fevereiro. To indo dia 30 de dezembro pra Berlim. A partir do dia 4 de janeiro começo os estudos (todo o dia!) na Universidade de Leipzig.
Eu queria. Agora levei.

Mas esse parágrafo de cima foi um lapso de consciência. Pra colocar o vento ao par de meus destinos.
Agora, cá entre mim mesma, queria falar que sigo na loucurada. Talvez ainda mais apaixonada. Talvez um tanto quanto perdida. Mais egoísta, porque descobri em mim o ciúme. A fragilidade que quando se está só se segura sozinha - e são tantos fardos pra carregar sozinha que esse eu nunca percebia!

Não tô sabendo muito bem pra onde vou. Só sei onde eu queria estar nesse exato momento. E onde eu DEVERIA estar, me fala o meu lado racional.
Por que eu insisto em me achar assim dicotômica, racional x emocional, eu ainda não sei.
Afinal, eu já li no Damasio, meu lado emocional impulsiona o racional... um precisa do outro, um não existiria sem o outro.

Vou recolher minhas idéias por aqui, porque o fluxo de pensamento anda intenso, correnteza forte, maré alta, vai ter ressaca amanhã cedo...


Só queria dizer aqui que ando com medo.
Porque nem tudo está nas minhas mãos.

Grande descoberta né?
Lá vou eu com o cara errado de novo... lá vou eu me desviar dos caminhos certos, por causa de uma certa coisa linda chamada felicidade...

Não levo mala, porque odeio carregar coisas. Aí esqueço os chinelos, só bebo água, tomo banho de sol e sinto que a natureza também me ama.


Agora... essa semana eu sou ratio-girl-encaranda. Estudando feito uma diaba. Me meti a fazer doutorado. Pra que tanto título se eu não ostento nem minhas pálpebras em dia comum?

Pra que tanto bocejo? Eu quero poder me espreguiçar a vida toda. Pras idéias nascerem felizes. Sem lenço e sem documento. =)



Surtou aqui uma doutoranda-wannabe que vai pra Leipzig e está amando.