Conversa (de) Interna(r)

Thursday, August 17, 2006

When Passion rules the game
I ain't got no control

Ok. Sabem-se os motivos pelos quais estou ouvindo isso, certo?
Se não se sabem, não vem tb ao caso. Quer dizer, vem. Mas whatever. Não tô afim de colocar em blog. Para bom entendedor, mensagens subliminares devem bastar.

Queria falar sobre essa frase do refrão, "when passion rules the game, I ain't got no control".
Discordo, Herr Schenker. Ja ja, tut mir Leid, eu discordo.
Não é bem um discooooooordo. Porque os sentimentos dos alemãezinhos ali são puros e bem expressos. Mas, no mundo de gente medíocre, as coisas não acontecem bem assim. As pessoas não permitem deixar a paixão guiar seu mundo, não querem perder o controle... e, assim, o controle às vezes nos faz dispensar a paixão, como se ela fosse um acessório de luxo altamente desnecessário na vida. (Paixão é acessório de luxo, sim, porém, vital. Qualquer centavo que temos deve ser aplicado no consórcio da paixão, caso não sejamos privilegiados pra tê-la à vista, pow!)

E eu quaaaaaase caí nessa de novo: na doidice de querer esperar nascer ou de querer criar uma paixão, como se ela não fosse pré-requisito básico indispensável pra se começar qualquer relacionamento. Ora, eu, achando que poderia desenvolver uma paixão! Certo que estava me achando o Criador em pessoa, huh? (Amanda, sua arrogante ignorante!!!) Paixão, de fato, cai do céu, feito dádiva, feito chuva - e tem gente que parece que mora na Amazônia; enquanto outros, no Atacama.

Mesmo que more no Atacama, eu não perco a fé. Aposto nas nuvens que passam, por mais altas e branquinhas que sejam... às vezes, sou cega, quero acreditaaaaaar que vai chover... mas Ok, se a nuvem passa, se vai ao longe, eu não posso também querer ficar bancando Deus e acreditando que vou mudar o destino das nuvens! Se ela nasceu pra ser cúmulos, deixa ela ser cúmulos em paz... que vá adornar o céu e refletir o sol bem feliz! Preciso, sim, esperar a minha nimbus. Aquela que vai ficar em cima de mim pra tomar banho de chuva, banho de chuva, banho de chuva-ah... (ugh! Musiquinha medonha que toca em tudo quanto é lugar.... como que a gente não vai lembrar dessa coisa? hehehehe)

Enfim. 25 aninhos. To querendo ficar espertinhaaaa. E espertinha significa reconhecer minha irracionalidade. Querer perder o controle sobre a vida. Aceitar os imprevistos, a dor, a dificuldade, o inevitável, o inesperado, a paixão que chuta a cabeça e bota tuuuudo a perder.
Na verdade, se não me rendesse a isso, iria continuar igual sendo vítima de tudo isso. Mas ainda iria perder o lado bom da paixão. Porque eu duvido que alguém nunca se apaixone. O que acontece é que as pessoas negam. Negam muuuuuuuito. E se machucam pra burro. Sofrem. Muito menos do que se se entregassem, é verdade, Mas também não vivem grandes emoções mesmo. Mas ok. Cada um com sua escolha - ou vocação divina.

Porque eu muito quis dizer que controlava tudo, e acabei apenas controlando o tempo. Segurei mais. Me sufoquei mais. Não tô falando do meu último relacionamento em específico. Estou falando do meu jeito de querer-ser. Negar o que sou pra ser quem eu achava que seria bom ser. pffff. Que eu já fui muito mais fiel a mim mesma quando tinha meus amores platônicos e "planctônicos" no colégio do que nua ao lado de alguém do sexo oposto.


Dont you need some love tonight
I do, yes I do
Dont you need some love tonight
How can we stand the heat
When love is all we need

When passion rules the game
I aint got no control, when my heart's in flames

E eu ainda vou fazer uma tese de doutorado sobre isso.

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