Conversa (de) Interna(r)

Saturday, May 27, 2006


Surfing on a rocket

Time for flying rockets
For silver jets
For surfing bombs
Surfing on a rocket

Don't pray to go
Please take my hand
Don't get me down
Surfing on a rocket

I'll be back one day
Just pray for me
I'm on my way
Surfing on a rocket

5 4 3 2 1 0
No one can stop me to go
You'll never see me again


Thursday, May 25, 2006

"Just be yourself that's the deal"

Alguém pode me explicar por que às vezes é tão fácil sorrir pra um estranho e ouvir sua conversa pacientemente, e não é tão simples assim fazer o mesmo com alguém que te conhece há aaaaanos?

Eu uma vez acreditei que um certo curso superior me responderia isso. Não digo que esperava que me desse uma resposta pronta. Mas ao menos me daria ferramentas para ao menos eu tentar descobrir isso... mas não foi o curso. Acho que eu cresci e parei de esperar do mundo o que eu vou ter que dar conta por mim mesma. Inclusive, respostas.

Na verdade os livros não descrevem com tamanha precisão o que um par de olhos atentos observa... e o que eu vi foi, justamente, que é fácil viver no meio de estranhos. Difícil é estranhar a mesmice do outro todos os dias...


A mesmice nossa de cada dia nos dai hoje.
Mas livrai-nos do mal...

Ok, alguém viu em mim sua mesmice. E me disse tchau. Adeus mesmice. Depois, ao chegar em casa, sozinho, abriu a porta, e viu a mesmice ali sentada no sofá, de braços cruzados, abriu a garrafa de alguma coisa que tu tinha guardado pra uma ocasião especial e tá tomando tudo com cara de desdém, sem a pompa toda que tu sempre imaginou para quando aquela rolha fosse sacada. Cara-dura destruiu toda a magia!
Eu não pude fazer nada por ele. Eu não posso fazer nada por ninguém, apenas por mim. E minha mesmice.

Voltou. Veio reclamar.... veio dizer que estava confuso. Blablablá, a mesmice parece que tá lá em casa... é. A mesmice tá aqui nos meus olhos, que refletem o mundo onde tu está, de fato. Tá vendo a mesmice aqui? Aconteceu contigo, acontecerá com outros. Acontece com quem quiser.

Já no final, eu carreguei tua mesmice explicitamente, por sinceridade. Poderia esconder a mesmice de ti, e bem que eu tentei por belos anos. Agora eu não tenho mais onde enfiar tua mesmice. Enfia ela no **. Aham. Na próxima vez que tu vier me perguntar o que faz com ela, talvez te diga isso mesmo.

Tu me disse que tinha medo de errar de novo, e entregar tua mesmice pra outra. A gente escolhe se quer que o outro carregue nossa mesmice ou se quer se responsabilizar pelo que é só nosso. Ela agora tá lá na tua casa, te esperando. Abre o guarda-roupas, puxa um cabide, e vem uma mesmice pendurada. Chega na cozinha, puxa uma cadeira, e, lá na outra ponta da mesa, tá a mesmice sentada. Entra no carro, abre o portão é a mesmice é acionada por controle remoto. Lamento. Ela não tá em mim... ela realmente não está em mim. Senão, eu não estaria te dizendo isso. Senão, tu não voltaria assustado, perguntando 'o que ela faz lá em casa'. Nunca deixei nada na tua casa, porque tu sempre disse que eu *não era digna de que entrasse em tua morada*... namorada... era o que tu temia. E a mesmice não é meu sobrenome, nem meu telefone, nem minha pasta de dente.

Agora, que eu já enxuguei a mesmice dos meus olhos, tu ainda vem falar comigo de noite, que no escuro não dá reflexo.

Mas eu tô indo dormir.

Sono
(escrever com sono é sempre muito perigoso...)

Pois é.. tá chegando mais uma semana ao final. Em breve, já é junho, e inverno, e meu aniversário, e novo semestre, e eu mestre, e Natal e... what's the fucking meaning of life?

Dizem que meter *fucking* nas coisas descontrai. Pombas... tô precisando descontrair.

Tô aqui na minha escrivaninha, vocês não imaginam em quanto milissegundos eu encho uma linha. Pobre do iBook, nem mais nomes nas teclas tem. Empurrei a cadeira pra trás e senti uma resistência: minha mochila.


(Agora lembrei da Broo: *Tu usa mochila?*
huahauahaua... eu às vezes nao me reconheço nas perguntas dos amigos.
...
Então, desde que minha mãe foi num congresso em BH e me trouxe uma pasta de couro pra sua futura filha psicóloga, eu perdi alguma coisa.
Caramba... eu juro que não distingo o acessório que uso... )


Mas enfim, a mochila tá aqui atrás de mim. E dentro dela a roupa que eu ia usar quarta de noite no John Bull Pub. Perguntei hoje pra Dani, minha amiga que também desistiu de ir no pubzim se ela se sentia cansada... ontem, sim.

Eu, ontem, hoje e sempre.
Lembrei de quando ia à missa: Ontem, hoje e sempre alelu-u-ia.

Agora no fim de noite percebo que ando há tempos relutando. Relutando por quê, meu santo?

Bom, hoje eu tô com cara de doente. Estou sentindo o corpo pesado, tenho sono e fome, mas ao mesmo tempo não consigo dormir e sinto ânsia.

Minha mãe olhou pra mim e disse que eu estava doente. Amarela.
Meu pai disse que eu estava branca.
A Aline me disse que eu estava com cara de gripada, nariz vermelho.
Essa palheta de cores é bandeira de onde, hein?

Agora mesmo, a mãe abriu aqui a porta pra me dizer "boa noite, minha amarelinha".

Lembro daquele episódio do Chaves em que todo mundo pergunta pro seu Madruga *se sente mal?*. Caracas. Parece que estou com os dias contados. E eles estão contados mesmo, desde que nasci, não é não? Mas Deus não conta pra ninguém isso. Ah, eu acredito. Se eu não for contra a ordem, eu tenho os dias contados, sim. E tu também, ao meu ver. E o mesmo serve pras pedras.

Aaaaaai, que coisa que não tem nome.
E a gente vive a vida toda da gente pra dar nome às coisas...

Eu acho que me sugaram demais pra 2006. Poderiam dizer hoje de noite *Feliz 2007!* e eu acreditaria com sorriso ingênuo de quem ouve pela primeira vez *eu te amo* de quem não tem laço sanguíneo algum contigo.

Por ora... eu só repito o que a sábia Broo me disse uma vez:

-----> repetir mentalmente MEU PIANO.

Island in the sun
Weezer

On an island in the sun
Well be playing and having fun
And it makes me feel so fine
I cant control my brain

Hip hip
Hip hip

Porque eu deveria estar saindo de casa.. ou ao menos fechado essa porcaria de computador e embalado pra presente como sempre o faço quando o carrego pra algum lugar (Im a Mac User Feliz, after all!!)... mas eu to aqui presa... vou fechar... dae começa Weezer. Ah, só mais essa... só mais essa... é capaz de eu tirar o carro da garagem, deixar ele ali na frente de casa e ainda assim não conseguir fechar esse computador só porque estou afim de ouvir Weezer.
Hip hip
Hip hip

Ok, a preguiça é o maior estimulante da minha criatividade inútil.
Hip hip
Hip hip

E agora o telefone tá tocando, e eu não to afim de atender.
Hip hip
Hip hip

PS: na foto, a Iriqui, minha cadela que tem um vidão.

Santa Claus is coming to town
Slade

Youd better watch out, youd better not cry
You better not pout, though Im telling you why:
Santa Claus is coming to town
Santa Claus is coming to town
Santa Claus is coming to town


Ninguém conhece Slade, né? Bando de desavisadas, essas gentes que eu conheço. Eu tenho 37 músicas deles, baixadas do finado e já mumificado AudioGalaxy.

Baaaah... naquela época, eu tinha um PC, 6GB de HD, uma conexão discada... e ainda assim era feliz, porque eu tinha tempo de baixar as coisas.


Ultimamente, acredito mais que nunca em Papai Noel.
(Não é para entender).

La experiencia es un billete de lotería comprado después del sorteo.

Gabriela Mistral

Bah! Pior!!!

Wednesday, May 24, 2006

I can see clearly now the rain is gone...

Bah, faz tempo que eu não venho aqui, hm?
Tempo suficiente pra voltar com meu sotaque original gaúcho...

Interpretem como quiser. ;)

Monday, May 01, 2006

Capote
Capote mai num breque.

Ontem de noite eu assisti ao Capote.
E a lição que ficou foi que é complicado a vida real virar ficção.
Conto-de-fadas não pode ter protagonista tupiniquim.

Por nascer aqui, que azar, já nascemos *coitados*. Mesmo assim, queremos participar do jogo. Mas, sem poder contar com a sorte, temos que ser muito mais que bons, para mudar as regras e subverter a ordem do destino.
E, além de tudo isso, queremos ainda manter essa pose de povo alegre

Alegre, sim
Feliz, quem sabe um dia...

VAMOS ABRIR A PORTA DA ESPERANÇA....