Quero amar com distorção.
Feito Heavy Metal.
Tudo escuro e de repente a guitarra corta o silêncio: lá vem um homem...
Não qualquer um. Aquele. Que não é conveniente, com quem não estou acostumada. Um homem que emita sinais que eu nunca vi, que eu precise estudar muito, feito aprender alemão. Repetir, decorar, ensaiar... e que, por trás de tanta coisa difícil, tudo soe simples e belo.
Um homem que eu não apague. Não quero ter medo de deixá-lo solar. E quero inteiro: música, dança e arrepio.
Pra poder ouvir no escuro. Cheirar a pele insistentemente para tentar modificar estruturalmente o meu cérebro. Viciar e depender. Ter crise de abstinência.
Quero amar em modo analógico. Que seja em qualidade de fita k7, que enrole e tudo mais. Mas que não perca a amibiência... que não fique nada claro, que o inominável seja sempre sentido.
E que não termine feito música comercial, que vai baixando o volume. Pode ter cadência. Contraponto. Pizzicatto. Allegro non troppo. Pode acabar abruptamente. Mas que seja tudo marcado. Com direito a trecho experimental, selo independente e brinde no camarim cheio de frutas...
*Perca a vida, mas não a chance do homem que procura.*
Não o torture com a promessa de que pode dar certo. Não dá certo o que não pode dar errado.
(Fabrício Carpinejar)
Feito Heavy Metal.
Tudo escuro e de repente a guitarra corta o silêncio: lá vem um homem...
Não qualquer um. Aquele. Que não é conveniente, com quem não estou acostumada. Um homem que emita sinais que eu nunca vi, que eu precise estudar muito, feito aprender alemão. Repetir, decorar, ensaiar... e que, por trás de tanta coisa difícil, tudo soe simples e belo.
Um homem que eu não apague. Não quero ter medo de deixá-lo solar. E quero inteiro: música, dança e arrepio.
Pra poder ouvir no escuro. Cheirar a pele insistentemente para tentar modificar estruturalmente o meu cérebro. Viciar e depender. Ter crise de abstinência.
Quero amar em modo analógico. Que seja em qualidade de fita k7, que enrole e tudo mais. Mas que não perca a amibiência... que não fique nada claro, que o inominável seja sempre sentido.
E que não termine feito música comercial, que vai baixando o volume. Pode ter cadência. Contraponto. Pizzicatto. Allegro non troppo. Pode acabar abruptamente. Mas que seja tudo marcado. Com direito a trecho experimental, selo independente e brinde no camarim cheio de frutas...
*Perca a vida, mas não a chance do homem que procura.*
Não o torture com a promessa de que pode dar certo. Não dá certo o que não pode dar errado.
(Fabrício Carpinejar)
0Shout it out loud!
<< Home