Alguém pode me explicar por que às vezes é tão fácil sorrir pra um estranho e ouvir sua conversa pacientemente, e não é tão simples assim fazer o mesmo com alguém que te conhece há aaaaanos?
Eu uma vez acreditei que um certo curso superior me responderia isso. Não digo que esperava que me desse uma resposta pronta. Mas ao menos me daria ferramentas para ao menos eu tentar descobrir isso... mas não foi o curso. Acho que eu cresci e parei de esperar do mundo o que eu vou ter que dar conta por mim mesma. Inclusive, respostas.
Na verdade os livros não descrevem com tamanha precisão o que um par de olhos atentos observa... e o que eu vi foi, justamente, que é fácil viver no meio de estranhos. Difícil é estranhar a mesmice do outro todos os dias...
Eu não pude fazer nada por ele. Eu não posso fazer nada por ninguém, apenas por mim. E minha mesmice.
Voltou. Veio reclamar.... veio dizer que estava confuso. Blablablá, a mesmice parece que tá lá em casa... é. A mesmice tá aqui nos meus olhos, que refletem o mundo onde tu está, de fato. Tá vendo a mesmice aqui? Aconteceu contigo, acontecerá com outros. Acontece com quem quiser.
Já no final, eu carreguei tua mesmice explicitamente, por sinceridade. Poderia esconder a mesmice de ti, e bem que eu tentei por belos anos. Agora eu não tenho mais onde enfiar tua mesmice. Enfia ela no **. Aham. Na próxima vez que tu vier me perguntar o que faz com ela, talvez te diga isso mesmo.
Tu me disse que tinha medo de errar de novo, e entregar tua mesmice pra outra. A gente escolhe se quer que o outro carregue nossa mesmice ou se quer se responsabilizar pelo que é só nosso. Ela agora tá lá na tua casa, te esperando. Abre o guarda-roupas, puxa um cabide, e vem uma mesmice pendurada. Chega na cozinha, puxa uma cadeira, e, lá na outra ponta da mesa, tá a mesmice sentada. Entra no carro, abre o portão é a mesmice é acionada por controle remoto. Lamento. Ela não tá em mim... ela realmente não está em mim. Senão, eu não estaria te dizendo isso. Senão, tu não voltaria assustado, perguntando 'o que ela faz lá em casa'. Nunca deixei nada na tua casa, porque tu sempre disse que eu *não era digna de que entrasse em tua morada*... namorada... era o que tu temia. E a mesmice não é meu sobrenome, nem meu telefone, nem minha pasta de dente.
Agora, que eu já enxuguei a mesmice dos meus olhos, tu ainda vem falar comigo de noite, que no escuro não dá reflexo.
Mas eu tô indo dormir.
Eu uma vez acreditei que um certo curso superior me responderia isso. Não digo que esperava que me desse uma resposta pronta. Mas ao menos me daria ferramentas para ao menos eu tentar descobrir isso... mas não foi o curso. Acho que eu cresci e parei de esperar do mundo o que eu vou ter que dar conta por mim mesma. Inclusive, respostas.
Na verdade os livros não descrevem com tamanha precisão o que um par de olhos atentos observa... e o que eu vi foi, justamente, que é fácil viver no meio de estranhos. Difícil é estranhar a mesmice do outro todos os dias...
Mas livrai-nos do mal...
Ok, alguém viu em mim sua mesmice. E me disse tchau. Adeus mesmice. Depois, ao chegar em casa, sozinho, abriu a porta, e viu a mesmice ali sentada no sofá, de braços cruzados, abriu a garrafa de alguma coisa que tu tinha guardado pra uma ocasião especial e tá tomando tudo com cara de desdém, sem a pompa toda que tu sempre imaginou para quando aquela rolha fosse sacada. Cara-dura destruiu toda a magia!Eu não pude fazer nada por ele. Eu não posso fazer nada por ninguém, apenas por mim. E minha mesmice.
Voltou. Veio reclamar.... veio dizer que estava confuso. Blablablá, a mesmice parece que tá lá em casa... é. A mesmice tá aqui nos meus olhos, que refletem o mundo onde tu está, de fato. Tá vendo a mesmice aqui? Aconteceu contigo, acontecerá com outros. Acontece com quem quiser.
Já no final, eu carreguei tua mesmice explicitamente, por sinceridade. Poderia esconder a mesmice de ti, e bem que eu tentei por belos anos. Agora eu não tenho mais onde enfiar tua mesmice. Enfia ela no **. Aham. Na próxima vez que tu vier me perguntar o que faz com ela, talvez te diga isso mesmo.
Tu me disse que tinha medo de errar de novo, e entregar tua mesmice pra outra. A gente escolhe se quer que o outro carregue nossa mesmice ou se quer se responsabilizar pelo que é só nosso. Ela agora tá lá na tua casa, te esperando. Abre o guarda-roupas, puxa um cabide, e vem uma mesmice pendurada. Chega na cozinha, puxa uma cadeira, e, lá na outra ponta da mesa, tá a mesmice sentada. Entra no carro, abre o portão é a mesmice é acionada por controle remoto. Lamento. Ela não tá em mim... ela realmente não está em mim. Senão, eu não estaria te dizendo isso. Senão, tu não voltaria assustado, perguntando 'o que ela faz lá em casa'. Nunca deixei nada na tua casa, porque tu sempre disse que eu *não era digna de que entrasse em tua morada*... namorada... era o que tu temia. E a mesmice não é meu sobrenome, nem meu telefone, nem minha pasta de dente.
Agora, que eu já enxuguei a mesmice dos meus olhos, tu ainda vem falar comigo de noite, que no escuro não dá reflexo.
Mas eu tô indo dormir.
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