Conversa (de) Interna(r)

Uma derrota, uma vitória. Chegaram dois emails na minha caixa. E ninguém pra me acudir.
Num deles, quem eu não queria dizendo que sente saudades. Não bastou bloquear chat.
Noutro email, sucesso também no além-mar. Meu nome do outro lado do Oceano já tem seu lugar ao sol.
As duas notícias vieram pelos cabos atravessando mares. As duas vieram da onde já é primavera, e o sol cada vez brilha mais forte. Talvez devesse estar lá...
Porque aqui, o domingo ficava cada vez mais nublado, o vento cada vez mais forte, o frio...
E tudo seria diferente mesmo, se não tivesse recebido a bomba que eu recebi em abril.

Eu não entendo por que ele ainda me escreve. Sente saudades. Então ela não te completa? Tá confuso... me deixa ainda pior.

Hoje pensei que se ela não existisse, tudo seria diferente. Mas... as coisas nem sempre chegam no tempo que as esperamos. E nem sempre esperamos as coisas que chegam. Ou seja, somos passivos, de vez em quando, sim. Por mais que não queiramos.
E se a primavera não renovou os planos dele, o vento aqui do outono derrubou todas as folhas, e me deixou seca, e eu ainda não estou totalmente curada, porque ainda sinto frio.

Fui nadar, na esperança de afogar alguma coisa. Só umidifiquei o solo das idéias. Penso demais e travo.


Preciso de força pra acabar com toda essa droga de vez. E sai da frente que se eu ainda vou ficar segura de novo...

Ao menos alguma coisa ninguém vai me tirar. O meu trabalho. Azar do resto mesmo. Bosta.
PS: Maldito seja Jean Paul Gaultier!